Marcha reúne movimentos sociais pela liberdade de expressão no Acre

segunda-feira, 20 de junho de 2011 - Postado por Marcha às 12:15

Temas envolvendo Enem, Código Florestal e violência também foram lembrados durante o ato

Centenas de pessoas foram às ruas na manhã de ontem protestar contra a falta de liberdade de expressão e “censura disfarçada” presentes em vários segmentos da sociedade. A marcha da liberdade e direitos humanos envolveu vários movimentos sociais que lutam para ampliar suas discussões e que, a partir de agora, unem forças para lutar por uma só causa - a liberdade de expressão.
“Essa marcha é a demonstração da sociedade acreana que é diversa e plural tanto na questão das etnias como na formação de ideias. Passamos agora por um momento muito delicado, em que um grupo tenta impor a todo custo suas ideias para um grupo maior. Portanto, esse é um marco para o povo acreano, que tem seus pensamentos diversos e precisam propagar essa ideia”, destaca José Arimatéia, do Movimento Cernegro do Acre.

Concentrado em frente ao  Sebrae, no centro da cidade, cada grupo se expressou de uma forma diferente. Usando máscaras para tapar o rosto e exibindo cartazes contra o que consideram um cerceamento da liberdade de manifestação, a turma em favor da legalização da maconha também esteve presente de forma discreta na marcha.
Temas envolvendo o Enem, Código Florestal e violência também foram reivindicados durante o protesto. De forma pacífica e com a finalidade de chamar atenção das autoridades quanto às demandas sociais, participaram do ato grupos de músicos, artistas locais, indígenas, ambientalistas, movimento LGBT e outros segmentos.
“Estamos na marcha pela liberdade de expressão, em busca de que não exista na população mundial e do Brasil minorias, e sim seres humanos que precisam ter seus direitos assegurados e respeitados. Viva a liberdade e vivam todos aqueles que deram suas vidas para que hoje pudéssemos ter um pouco dessa liberdade, que ainda lutamos diariamente para que as pessoas possam ser respeitadas. Fazemos parte de um mundo que precisa respeitar suas crianças e adolescentes, que precisa respeitar os idosos, negros e LGBT, ou seja, precisa respeitar todos os seres humanos”, declara o presidente da Associação dos Homossexuais do Acre (Ahac), Germano Marino.

Escrito por Lane Valle - Pagina 20 - Online