Eu vou na Marcha porque sou um cidadão brasileiro que lutou a vida inteira pelas liberdades.
Eu vou na Marcha porque eu respeito a Constituição do meu país.
Eu vou na Marcha porque sei que nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos, como escreveu Shakespeare.
Marcos Afonso |
Eu vou na Marcha porque sou um jornalista e procuro entender o tempo que eu vivo, e não quero contribuir para o retrocesso da Democracia e a diminuição dos direitos civis no país que eu amo.
Eu vou na Marcha porque eu me emociono ao cantar que “qualquer forma de amor vale a pena, qualquer forma de amor valerá”. Amar até mesmo aqueles que tanto ofendem o amor homoafetivo, que é um direito do próprio amar.
Eu vou na Marcha, meus companheiros e companheiras, para expressar minha indignação pelos que são assassinados e assassinadas por fazendeiros, grileiros, gananciosos pelo lucro a qualquer custo na Amazônia, hoje ameaçada por um Código Florestal suspeito e cheio de armadilhas.
Eu vou na Marcha porque nasci numa Floresta. Sou filho de uma Floresta. E quando findar-me, quero que minhas cinzas sejam lançadas no rio Acre ainda com águas, para que meus amigos e meu amor me olhem da ponte.
Eu vou na Marcha porque eu tenho coragem!
Nesta Marcha, eu estarei com a juventude de ontem, de hoje e de amanhã.
E essa eterna juventude se chama Liberdade!